
Caldas Novas combinado com o Hot Park, na cidade vizinha de Rio Quente, é um roteiro econômico e bem divertido para se fazer em família. Ainda é possível fazer um tour em Goiânia para dar uma garimpada nas lojas e feiras que vendem confecções locais. A grande atração dessa região são as fontes de águas termais (quentes) que abastecem piscinas e parques temáticos distribuídos nas duas cidades do interior de Goiás. A melhor época para visita é o meio do ano, quando os dias são secos e as noites frescas.

A minha dica é hospedar-se em Caldas Novas, que tem muitas opções de hospedagem com excelente custo-benefício, e comprar o passaporte de um a três dias para o Hot Park, em Rio Quente.
Há voos diretos de Salvador a Caldas Novas pela Azul, mas os dias e horários são limitados e o valor das passagens não compensa. Por isso, optamos por um voo de Salvador a Goiânia e de lá alugamos um carro para seguir até Caldas Novas, que fica cerca de 170 km da Capital, aproximadamente 2h20. Alugar um carro é essencial para sair à noite na cidade e fazer os percursos até o Hot Park.
Privé Riviera Park
Em Caldas Novas há três parques aquáticos ligados aos grupos de hotéis Di Roma, Privé e Water, todos com atrações como piscinas, tobo-águas e brinquedos diversos que desembocam em águas termais naturalmente aquecidas a cerca de 37º C.

Ficamos hospedados no Privé Riviera Park, que tem piscinas térmicas e brinquedos aquáticos funcionando 24 horas! A infraestrutura do hotel foi suficiente para nossa estada na cidade, tanto que não fomos aos demais parques de Caldas Novas.
A cidade tem algumas atrações naturais em seus arredores como cachoeiras e riachos e um comércio bem movimentado de confecções fabricadas em Goiás.

Na Feira do Luar, que funciona diariamente, do final da tarde até às 22h, perto da Igreja Matriz, encontra-se peças de artesanato e confecções locais. Mas o melhor da feirinha é a barraca que vende o bolinho de bacalhau. O local é simples, mas limpo e o atendimento é rápido. O bolinho é delicioso, daquele tipo que derrete na boca. Pedimos uma porção e repetimos mais duas.
Jardim Japonês

Outro ponto de interesse é o Jardim Japonês. No local fica a casa mais antiga da cidade. É bem conservada, tem mobiliário típico da época, além de instrumentos antigos como radiola, máquina de escrever, tear. A cozinha tem fornos a lenha e utensílios típicos de uma antiga casa goiana. Infelizmente, no dia de nossa visita, não tivemos atendimento de quaisquer pessoas para nos informar sobre a história do local, mesmo assim, deu para sentir aquele clima de Goiás antigo.

O Jardim Japonês é particular e cobra ingresso para entrada, mas é muito bem cuidado. Possui fontes, pontes, algumas aves e réplicas de construções japonesas. O lugar é agradável para um passeio romântico ou em família, mas o melhor mesmo são as belas fotos que você pode fazer no lugar.

Bem próximo ao Jardim fica o Monumento das Águas. Trata-se de uma construção com desenho de pedras, de onde correm cascatas e há um pequeno lago. Embora não seja natural, é bem bonitinho e vale uma parada para fotos. Não há cobrança de ingresso. Nas imediações, fica uma rua com padarias, lanchonetes, bem arborizada e tranquila, ótima para um lanchinho.
Restaurantes
Na gastronomia, destaca-se o Empadão Goiano da Tania. A casa é uma espécie de patrimônio local. Serve o verdadeiro empadão goiano, saindo fervendo do forno. Há uma grande variedade de recheios no cardápio, mas quando estivemos lá, muitos deles não estavam disponíveis. O atendimento não foi dos melhores, pois havia poucas atendentes para o número de clientes. Mesmo assim, vale a pena para conhecer a boa culinária goiana. Destaque para o pastel de “Belém”, recheado com doce de leite, tão delicioso, que supera, em sabor, o autêntico pastel de “Belém” vendido em Lisboa. Voltaria só pelo pastelzinho!
Outro local bacana para almoço e jantar é a Cantina da Nona, no centro da cidade. A decoração do restaurante tem inspiração italiana, assim como seu menu. Estávamos em um grupo de 10 pessoas e todos os pratos escolhidos foram aprovados. Comida deliciosa! Atendimento solícito e cordial.
Para uma refeição rápida e de bom custo, o restaurante Japa’s, que ficava bem próximo ao nosso hotel, é uma boa pedida, pois serve bufê a quilo no almoço À noite, o restaurante que, além de comida japonesa, também funciona como churrascaria, tem som ao vivo, com pagamento de couvert, e fica bem animado.
Hot Park

O mais famoso complexo aquático da região fica em Rio Quente, a 40 minutos de carro de Caldas Novas. Compramos, pela internet, um passaporte para dois dias de visita ao parque. Gostamos muito! Mesmo morando no Litoral do Nordeste, nos divertimos na prainha do cerrado, com suas ondas enormes e água morninha.

Os nossos filhos e sobrinhos escolheram os brinquedos radicais, enquanto nós, pais, descansamos nas muitas piscinas térmicas, andamos de caiaque e relaxamos na praia. O parque tem atrações para todas as idades.

Algumas das opções que são pagas à parte, como o local das aves e o riacho dos caiaques, poderiam estar incluso no ingresso, pois o preço não é baixo. Os restaurantes e lanchonetes do lugar servem boa comida, com custo médio. Visita imperdível para quem está em Caldas Novas.
Goiânia

Na volta de Caldas Novas, passamos um dia em Goiânia, onde visitamos o Flamboyant Shopping e almoçamos no restaurante Madero. No final da tarde, formos à Feira da Lua, na Praça Tamandaré, que funciona aos sábados das 16 às 22h, com venda de roupas, calçados, acessórios e comidas. Ficamos hospedados no hotel Golden Tulip Goiânia Address, no setor Oeste, bem localizado, com acomodações amplas e confortáveis e ótimo café da manhã.
Hotéis em Caldas Novas
Estávamos num grupo de dez pessoas da mesma família e sete ficaram no hotel Privé Riviera Park, que faz parte da rede Privé de parques e hotéis de Caldas Novas. Fizemos a reserva pelo Booking.com de dois apartamentos para quatro pessoas cada, que eram de um proprietário e não eram administrados pelo hotel. O custo da diária para quatro pessoas foi excelente.

O apartamento tem mini cozinha, com poucos utensílios, mas que permite preparar o café da manhã. Há um quarto de casal com boa cama e ar-condicionado. Na sala fica um sofá-cama para duas pessoas e há ventilador de teto. O hotel conta com piscinas térmicas 24 horas, brinquedos aquáticos, academia, bar, restaurante, cafeteria e salão de jogos. A localização é muito boa, com vários restaurantes e lojas próximas. A rede wifi pegava bem e havia estacionamento gratuito. Fomos na alta estação e o check-in foi bastante moroso. Os elevadores também demoravam de chegar um pouco, diante da lotação do hotel, mas fora esses problemas, todo o resto superou nossas expectativas, principalmente diante do ótimo custo.
Dica: Alugar o apartamento diretamente de um proprietário é uma boa opção para driblar os preços mais altos cobrados pela administradora do hotel.

Três pessoas do grupo se hospedaram no Golden Dolphin Hotel, que tem instalações mais antigas e fica superlotado. Tem café da manhã farto e variado, porém deixa a desejar na infraestrutura de lazer, com parque aquático desgastado pelo tempo.
O quarto tem tamanho razoável para três pessoas, mobiliário e banheiro antigos, mas nada que impeça uma boa noite de sono.
Fotos de Suzy Freitas
Esse texto não contém anúncios ou publicidade. A citação de estabelecimentos visa apenas compartilhar com o leitor a opinião pessoal da autora sobre os serviços experimentados.
Esse é um lugar que já fui e gostei muito! As fotos ficaram muito boas.
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Legal Ivo! Bom saber que você está gostando do blog
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Morei em Caldas Novas por 6 anos. Pois é. Então, com alguma certa propriedade, devo dizer que o post ficou ótimo e com belas dicas para quem quiser conhecer a estância de águas hidrotermais e se divertir um monte! 🙂
Sabe que um dos pontos que eu mais curto é o Jardim Japonês? É muito bonito e bem cuidado.
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Também gostamos muito do lugar, bem lindinho para fotos!
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Muito completo o post, parabéns!
Quando as meninas eram pequenas, todo mês de julho lá estávamos nós na Pousada do Rio Quente, mas nunca saímos para explorar os arredores, não conheço Goiânia e Caldas Novas somente de passagem.
No post você mostra tanta coisa bacana pra fazer fora do Rio Quente e agora já quero programar uma volta pra explorar mais a região.
Obrigada pelas dicas.
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Oi, Cris! Obrigada pela visita. Cada dia mais vejo coisas bem legais para fazer na região do Cerrado. Também já estou pensando numa volta.Bjs
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